Parece um roteiro de
Hollywood, mas é bastante real. Cientistas europeus e americanos criaram em
laboratório uma linhagem mortal do vírus da gripe aviária, capaz de infectar e
matar milhões de pessoas, segundo revelou uma reportagem exclusiva publicada
pelo jornal inglês "The Independent". A notícia gerou temores entre
especialistas em biossegurança de que as informações caiam nas mãos de
terroristas que possam usar o agente como arma biológica de destruição em massa.
O governo dos EUA pediu ontem que a sequência genética do vírus alterado não
seja revelada na publicação do estudo.
Há o temor também de que um
acidente acabe deixando escapar o micro-organismo. Alguns cientistas questionam
se esse tipo de pesquisa poderia ter sido feita num laboratório de universidade
e não numa instalação militar. "O medo, ao se criar algo tão mortal assim, é que
se transforme numa pandemia global, com altas taxas de mortalidade e custos
excessivos", explicou um conselheiro científico do governo americano, na
condição de anonimato, ao jornalista Steve Connor, do periódico inglês. "O pior
cenário nesse caso é muito pior do que se pode imaginar".
Pela primeira vez,
pesquisadores conseguiram provocar uma mutação na linhagem H5N1 da gripe
aviária, tornando-a mais facilmente transmissível pelo ar. A linhagem da gripe
aviária matou centenas de milhares de aves, desde que foi descoberta pela
primeira vez, em 1996, mas, até agora, infectou apenas cerca de 600 pessoas que
tiveram contato direto com as aves doentes.
Mortalidade - O que torna o H5N1 tão perigoso, no entanto, é que ele matou cerca de 60% das pessoas infectadas — tornando-o uma das mais letais formas de influenza na História moderna — uma capacidade de matar moderada apenas por sua inabilidade (até agora) de se espalhar facilmente entre humanos. O vírus alterado em laboratório, no entanto, se transmite facilmente entre os humanos.
Cientistas que realizaram a
controversa experiência descobriram que é mais fácil do que se imaginava
transformar o H5N1 numa linhagem altamente infecciosa de gripe. Eles acreditam
que o conhecimento adquirido com o estudo seria vital para o desenvolvimento de
novas vacinas e drogas. "Trata-se de uma pesquisa muito importante", afirmou a
diretora de políticas científicas do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, que
patrocinou o estudo, Amy Patterson. "À medida que os vírus evoluem na natureza,
queremos estar preparados para saber detectar rapidamente mutações que podem
indicar que eles estão $aproximando de uma forma que o torne capaz de cruzar a
barreira das espécies mais rapidamente".
Mas os críticos dizem que os
cientistas colocaram o mundo em risco ao criar uma forma de gripe extremamente
perigosa. Cientistas têm poucas dúvidas de que a nova linhagem de H5N1 criada —
resultado de apenas cinco mutações em dois genes-chaves — tenha o potencial de
causar uma pandemia humana devastadora que poderia matar dezenas de milhões de
pessoas. O estudo foi feito em furões, que, quando infectados com influenza, são
considerados os melhores modelos animais para se estudar a doença
humana.
Cartas do jogo "Illuminati - A
Nova Ordem Mundial" (INWO)
Os detalhes do estudo são
considerados tão delicados que foram examinados pelo Conselho Nacional de
Ciência para Biossegurança do governo americano, que pediu às revistas "Science"
e "Nature", às quais o estudo foi submetido, que não publiquem a sequência
genética completa. “Essas são áreas da ciência em que a informação precisa ser
controlada — afirmou um cientista do conselho, que falou na condição de
anonimato ao “Independent”“. — Os exemplos mais extremos são, por exemplo, como
fazer uma arma nuclear ou qualquer arma que possa ser usada para matar pessoas.
Mas as ciências biológicas não tinham se deparado com uma situação dessas antes.
É realmente uma nova era.
O estudo foi feito por um
grupo de cientistas holandeses coordenado por Ron Fouchier, do Centro Médico
Erasmus, em Roterdã; e também por Yoshihiro Kawaoka, da Universidade de
Wisconsin-Ma$, nos EUA. "Descobrimos que isso é, de fato, possível e mais fácil
do que se imaginava. No laboratório, foi possível transformar o H5N1 num vírus
de transmissão por aerossol que pode se espalhar rapidamente pelo ar", informou
Fouchier em comunicado oficial. "Esse processo também poderia ocorrer num
ambiente natural."
Experiência - Para justificar
a experiência, ele afirmou: "Sabemos por qual mutação procurar no caso de um
surto e poderemos, então, interrompê-lo antes que seja tarde. Além disso, a
descoberta ajudará no desenvolvimento de vacinas e remédios." Alguns cientistas
questionaram se esse tipo de pesquisa deveria ser feito num laboratório de
universidade, sem a segurança contra terroristas existente em instalações
miltiares. Eles ressaltaram também que vírus experimentais já escaparam
acidentalmente de laboratórios aparentemente seguros em outras ocasiões,
causando epidemias humanas — caso da gripe de 1977.
"Há quem diga que um trabalho
como esse não deveria nunca ser feito ou teria de ser em um local onde toda a
informação pudesse ser controlada", afirmou uma fonte próxima ao Conselho de
Biossegurança. "A tecnologia (de engenharia genética) é hoje comum em muitas
partes do mundo. Com a sequência genética, é possível reconstruí-lo. Por isso a
informação é tão perigosa".
OBS.: Tão inocentes, têm medo
que o virus caia em mãos de "terroristas"...já vimos esse filme várias
vezes...o perigo não é o virus,
é a VACINA que vão criar para o combate
de uma nova falsa pandemia e o lucro que a indústria farmacêutica
terá.
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